segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Comendo fora de casa: porque estamos cada vez mais obesos.

O comentário mais comum de todos os paulistanos que passam por aqui é que estão com pressa, que não tem tempo para nada. Ok, são pessoas que trabalham ou que de alguma forma auferem alguma renda. Por trabalhar, sobra relativamente pouco tempo em casa, e realmente é muito mais fácil almoçar um prato feito em algum restaurante na rua, e a noite pegar algum prato pronto no caminho, ou quem sabe pedir uma pizza.

Esta opção de praticidade tem um colateral na forma de alimentos pouquíssimo saudáveis:
Vamos ver o que costuma ter no almoço da maioria dos pratos feitos:

- alface: ok, tem baixa caloria, mas não tem quase nada de nutriente, nem contribui para saciedade. Seria melhor encarar um brócoli, couve,

- feijão: excelente alimento, porém costuma ser preparado com grandes quantidades de gordura, como bacon ou linguiça. Estando tudo misturado lá dentro, não tem como escapar da gordura.

- arroz: muito bom e barato. Para ser mais leve, não poderia ser refogado, mas é talvez o componente menos prejudicial.

- carne: geralmente um contra-file, infelizmente acompanhado da gordura característica, generosamente regado em óleo da fritura.

- batata frita: talvez a grande vilã das calorias.

- um refrigerante: diet ou não, faz muito mal. Mesmo os sucos de latinha e caixinha são prejudiciais, pela quantidade de açúcar.

Você pode tentar variar um pouco o cardápio, mas a essência está aí, talvez tenha linguiça, ou uma rodela de tomate, mas nada muito diferente.

E, para piorar ainda mais, nos habituamos a este tipo de refeição, com quantidades extras de sal. E paladar tem de ser treinado. Agindo desta forma, desprezamos o paladar, e estamos cometendo um imenso desrespeito com a comida, com o que a Terra nos dá.

Doando sua Nota Fiscal para o IBCC

Ainda existem muitos clientes que desejam colocar seus CPF's nas notas fiscais, pois recebem créditos do Governo paulista. Não é o meu caso, que desisti, pois quase tudo que compro não oferecem um crédito alto. Meus maiores gastos são com alimentos "in natura", que têm aliquotas zeradas ou muito baixas de ICMS. Compras de carros, combustível e aparelhos eletrônicos, via de regra, recebem zero de crédito na Nota Paulista, pois são enquadrados num regime chamado de substituição tributária.

Nosso ramo é basicamente de roupas infantis. Ou seja, longe de constituir o gasto mais alto e mais frequente no consumo de uma família, então é natural que nossos clientes nem se preocupem mais com o CPF na nota.

Então, passamos a doar todos os cupons fiscais para o IBCC. Assim como nós, vários outros lojistas costumam doar seus cupons fiscais às mais variadas entidades.

O trabalho do IBCC é legítimo e necessário. Estranho, a meu ver, é ter de submetar estes institutos a coleta dos cupons fiscais.

Nota Paulista, uma idéia antiga

Lá pelos idos do ano de 1980, ainda sob o comando de Paulo Maluf, o governo do estado lançava o Album do Paulistinha. Bastava a gente pegar as notas fiscais, ir nos postos de troca, e colecionar figurinhas, depois com o álbum preenchido você ia nos postos da Secretaria da Fazenda e recebia cupons para sorteios de carros e eletrodomésticos. Eu lembro de pouca coisa, já faz mais de 30 anos atrás, mas a iniciativa não durou muito tempo.

Mas a idéia é muito parecida com a Nota Fiscal Paulista, a diferença é que agora pode-se fazer tudo eletronicamente, com ajuda da internet.

O que achei interessante é que a idéia pioneira, na verdade, foi do Governo do Paraná, em 1966.

O conceito, que cheguei a pensar ser uma novidade absoluta do Governo de São Paulo atual, na verdade, é coisa bem antiga.

Sempre os descontos para compras pagas a vista

Invariavelmente ouvimos pedidos para desconto nas compras.

De um lado, ainda reside na cabeça das pessoas épocas de juros altos, quando os lojistas podiam e tinham obrigação de conceder descontos para pagamento a vista. Hoje, com juros para aplicação em CDI na faixa de 12% a.a., um desconto de 1% já seria bem significativo.

Mas descontos de 1% são praticamente imperceptíveis no preço do produto. Um desconto de R$20,00 num televisor de R$2.000,00 não é muito convidativo, certo?

Mesmo quando oferecemos 5% de desconto, sem exceção, todos os clientes consideram pouco. É a tal da memória inflacionária, aliada ao fato de que o valor absoluto acaba sendo muito pequeno.

Minha opinião seria que deveríamos receber descontos em todos os estabelecimentos. Mas existem vários ramos que são totalmente refratários a políticas de desconto para pagamento à vista. Pegue exemplos de supermercados e lojas de departamento, como Renner, C&A. É impossível conseguir descontos, mas é mais do que justo receber o desconto.

Enquanto consumidores, ficamos reféns destes grandes varejistas. Quando buscamos gastar menos, são estes varejistas que decidem nossa compra. Talvez eles decidam colocar as salsichas em promoção, mesmo que você queira um alimento mais saudável.

Bem, nossa loja continuará a oferecer algum desconto quando possível.

Mas a saúde financeira dos nossos clientes depende muito mais de conseguirem descontos nos estabelecimentos onde eles gastam mais, sejam no hipermercado, na padaria ou na farmácia.

Limites de cartão de crédito

Eu costumo pagar tudo a vista, e geralmente muito comedido (pão-duro!) nos gastos, então gasto pouco em cartão de crédito.

Renda declarada minha é relativamente baixa, talvez nem 3 vezes o salário mínimo.

Ainda assim, tenho alguns cartões que insistem em manter limites acima de R$10.000,00. Inclusive, são os que pouco ou nunca utilizo. Considero um risco, mais do que perder o controle das finanças, tenho medo de ter o cartão roubado, ter o cartão clonado. Nunca uso estes cartões na internet.

Qual seria a lógica dos bancos na concessão do crédito?

Antes de mais nada, creio que os bancos levam em conta eventuais restrições de crédito anteriores, se algum dia existiu algum débito registrado no SPC/Serasa. Depois idade. E por fim, o tipo de atividade que exercemos.

Limites altos de crédito são construídos, portanto, ao longo de muito tempo, com histórico limpo.

Injusto, na verdade, porque quem mais necessita de crédito são as pessoas mais jovens, em início de carreira.