Invariavelmente ouvimos pedidos para desconto nas compras.
De um lado, ainda reside na cabeça das pessoas épocas de juros altos, quando os lojistas podiam e tinham obrigação de conceder descontos para pagamento a vista. Hoje, com juros para aplicação em CDI na faixa de 12% a.a., um desconto de 1% já seria bem significativo.
Mas descontos de 1% são praticamente imperceptíveis no preço do produto. Um desconto de R$20,00 num televisor de R$2.000,00 não é muito convidativo, certo?
Mesmo quando oferecemos 5% de desconto, sem exceção, todos os clientes consideram pouco. É a tal da memória inflacionária, aliada ao fato de que o valor absoluto acaba sendo muito pequeno.
Minha opinião seria que deveríamos receber descontos em todos os estabelecimentos. Mas existem vários ramos que são totalmente refratários a políticas de desconto para pagamento à vista. Pegue exemplos de supermercados e lojas de departamento, como Renner, C&A. É impossível conseguir descontos, mas é mais do que justo receber o desconto.
Enquanto consumidores, ficamos reféns destes grandes varejistas. Quando buscamos gastar menos, são estes varejistas que decidem nossa compra. Talvez eles decidam colocar as salsichas em promoção, mesmo que você queira um alimento mais saudável.
Bem, nossa loja continuará a oferecer algum desconto quando possível.
Mas a saúde financeira dos nossos clientes depende muito mais de conseguirem descontos nos estabelecimentos onde eles gastam mais, sejam no hipermercado, na padaria ou na farmácia.
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