As pessoas mais velhas ainda aprenderam a cozinhar e comprar alimentos in natura. No Brasil lembro até hoje que com o fim do período de altíssimas taxas de inflação, governantes comemoram o fato de que o Brasil havia conseguido tirar parcela substancial da população da pobreza, o que era simbolizado singelamente porque passaram a consumir itens industrializados, tipicamente simbolizados por iogurtes, biscoitos e bebidas prontas. Mas não devemos nos deixar enganar, consumir alimentos industrializados só atende a interesses da indústria alimentícia e varejistas como supermercados. Alimentos industrializados permitem uma durabilidade maior na prateleira, além de permitir que a indústria aplique qualquer produto misturado.
Por exemplo, numa simples marmelada a indústria pode optar por incluir outro fruto mais barato, como a goiaba, e mesmo assim nenhum consumidor perceberia a menor diferença. E quando olhamos hamburguer, ou aquelas carnes empanadas e embutidos, é impossível determinar que tipo de carne entrou na composição, Pode ser usado qualquer corte de carne bovina, ou até partes de outros animais, como frangos e porcos, sem que você consiga perceber o que tem de verdade lá dentro.
Deste jeito, desprezamos e destruímos o sentido do paladar das pessoas. O ato de mastigar alimentos começa a ficar praticamente dispensável, um hamburger do McDonalds praticamente dispensa o uso de dentes, é provável que um sujeito consiga engolir o hamburguer simplesmente usando a língua.
E temos hoje uma geração inteira que não tem a menor noção do que seria cozinhar em casa.
Tenho certeza que será um futuro obeso para as próximas gerações.
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