quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sacolas plásticas

O prefeito de São Paulo havia sancionado lei proibindo a distribuição gratuita de sacolas plásticas no comércio. Até o momento, a lei não entra em vigor, devido a um efeito suspensivo impetrado pelo sindicato das indústrias que produzem estas sacolas.

Nem se discute os efeitos danosos ao meio ambiente de tais sacolas plásticas. Mesmo as sacolas oxi-biodegradáveis não são uma alternativa boa, pois elas não se integram ao ecossistema, elas apenas se degradam até um ponto que ficam invisíveis a olho nu. Mas estão lá, vão se acumular pois não servem de alimento a outros seres vivos. Existem aquelas à base de amido, estas sim perfeitas do ponto de vista ambiental, pois o amido se integra perfeitamente a cadeia alimentar.

Para nós que vivemos em cidade, precisamos de praticidade. Não existe alternativa viável para os consumidores carregarem suas compras, no sentido de que não existe capacidade de produção suficiente de materiais alternativos, como sacolas de papel.

Tem ainda um fator cultural. Aqui na loja é muito comum cliente pedir para colocar compras em duas sacolas. E tenho certeza de que, salvo raríssimas exceções, as pessoas não descartam estas sacolas no meio da rua. Em geral, as sacolas servem mesmo para armazenar o lixo, e para ser coletado pelos lixeiros. Então, se tem sacola no meio da rua ou nos rios e córregos, é muito mais problema de como se manuseia o lixo na cidade: talvez caiam dos caminhões de lixo, no transporte estas sacolas podem se romper e ser carregadas pelo vento, catadores de lixo podem violar estas sacolas e aí acabam soltas e escorrem para os córregos e outras inúmeras possibilidades.

A melhor solução seria a reutilização e reciclagem destas sacolas.

Fazer como a prefeitura de S.Paulo quer, ou seja banir a sacola e ainda exigir a cobrança do consumidor do valor é injusto. Mas qual governante iria sancionar uma lei obrigando o próprio governo a agir ou gastar dinheiro?

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