Todo gerente de loja atribui metas de vendas para a equipe de vendedores, independente da remuneração ser fixa ou baseada em comissões.
E como todo dia vem na loja gente querendo trabalhar aqui, a gente acaba conversando com os ex-vendedores das lojas aqui da região.
Uma vez veio uma ex de uma loja concorrente minha. Lá tem três vendedores, apenas. E a meta eram singelos R$15.000, o que indica que a loja concorrente vende modestos R$45.000 por mês. Eu acho pouco, mas vai saber se a vendedora disse a verdade.
Já a loja de bolsas aqui perto, exige que as vendedoras usem calça social e a meta de vendas é de R$29.000 por mês. Não atinge a meta em 3 meses, é demitida, simples assim. Demitida no período de experiência, ou seja, o lojista não paga aviso prévio nem multa de FGTS. Esta política me parece que também adotada por um dos grandes concorrentes que tenho aqui perto, o que explica a alta rotatividade de pessoal.
Notei mais uma coisa interessante outro dia. Pelo acordo coletivo do sindicato, lojas que têm mais de doze funcionários tem um piso salarial mais alto. Sempre achei que isto iria me prejudicar, mas uma vez uma menina de lá veio me pedir emprego, falei o salário que eu podia oferecer, e ela me disse que era o mesmo que ela ganhava lá. Como só se faz homologação de rescisão no sindicato após um ano trabalhado, é possível que esta loja ofereça salários mais baixos durante o período de experiência, se demitir nada acontece, mas se for manter por longo tempo, eles teriam de efetuar um aumento salarial.
Aqui na loja a gente faz o básico. Salário é fixo, a gente exige qualidade de atendimento todo dia. Monitoramos o valor médio de vendas e o total de clientes atendidos por dia por vendedor. É bom assim porque tira a pressão de venda sobre o cliente, e propicia que o vendedor dê atenção total ao cliente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário