quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Contratando funcionários

Vivemos com a placa de aceita-se currículos na frente da loja. Porque, toda hora alguém pede demissão, ou temos de demitir alguém que não está atingindo a performance desejada. É aquela velha história, vassoura nova varre melhor, algumas duram muito tempo, outras estragam rapidinho....

Lembro do meu primeiro emprego, fui trabalhar em um escritório em uma cidade afastada da Grande São Paulo. Curiosamente, só tinha mulheres no lugar, todas morando nas redondezas, um lugar que era efetivamente muito pobre e pouco desenvolvido, nem tinha escolas de nível técnico ou faculdades na região. Pra falar a verdade, nem ônibus tinha para as pessoas virem trabalhar, tanto é que a empresa oferecia um serviço de ônibus fretado de graça.

O tempo passou, estas pessoas mais simples acabaram sendo trocadas, seja por demissão ou porque pediam para sair. O que pegava mesmo era a falta de qualificação profissional. Por outro lado, sobrava dedicação, respeito à companhia. Todas viravam clientes e defensoras dos produtos da empresa.

À medida que o tempo passava, a situação evoluía. O carro começou a se tornar um bem relativamente comum aos empregados. Assim como uma melhor formação educacional, o tempo passou e começaram a aparecer pessoas com graduação superior, pós-graduação, MBA e cursos de extensão de vários tipos. Nunca veio, no entanto, ninguém com título de mestrado ou doutorado, sei lá por qual razão. As pessoas mais simples, de antigamente, saíam do escritório religiosamente as 17:30, sob pena de perder o ônibus e não ter como voltar para casa. Estes empregados mais graduados e motorizados tinham um horário bem mais flexível, e extendido e diria. Mas estes funcionário também ficavam muito menos tempo na empresa.

Creio que os cursos universitários, extensão e MBA criaram esta história de networking, implicando num giro muito rápido de empregado. Aliado ao fato de que estas pessoas querem uma carreira rápida, o que só pode acontecer em empresas com crescimento forte ou líderes de mercado. Quando eu saí desta empresa, ela passava por uma crise comercial séria. Porque os clientes passaram a adotar a postura de fidelidade a preço, e não fidelidade à marca.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Vida pessoal e vida profissional

Não tem nem o que falar, é impossível conciliar de forma satisfatória.

Eu quando era empregado, fui trabalhar mesmo doente, com febre alta, sem voz por problemas de garganta, mesmo depois de ter rodado com meu carro na auto-estrada que me conduzia ao escritório, mesmo depois de noites em claro cuidando de filho ou esposa doentes.

Mas as pessoas que vejo hoje em dia, ao menor problema em casa, encontram motivo para não vir trabalhar. Em geral, o prejuízo para a empresa é muito maior que um dia de salário do empregado que se deixa de pagar.
E o empresário pouco pode fazer, além de descontar o dia não trabalhado, apesar de que se a funcionário for mãe, ela certamente irá apresentar atestado médico do filho, o que impedirá o desconto do dia, seja por constar no acordo coletivo da categoria, seja por motivos moral.

Em  uma das empresas que trabalhei, a instrução da diretoria era clara: quando o funcionário faltasse sem justificativa, nos casos de segunda ou sexta-feira próxima a feriados, efetuar a demissão sumária e imediata. Eis uma medida que funcionava.

E outra coisa que eu também presenciei, foram altos executivos que visitavam as mesas dos subordinados logo cedo, para aferir se as pessoas estavam realmente obedecendo o horário de trabalho. Triste, mas as empresas têm de tomar conta de pessoas como se fossem criancinhas mimadas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Crise na Europa - problema chegando por aqui

A Moody's, agência de classificação de risco, colocou o rating do BB, Itau, Bradesco e Santander em revisão, com perspectiva negativa., pois os bancos mantém negócios com bancos europeus.

No nosso dia-a-dia bancarizado que somos, algum problema vai sobrar para todo o mundo.
Tendência é de subir o juros, não é?

DE certa forma, é como se os bancos todos fossem chamados para dividir a conta, quem tem dinheiro se preserva e manda a conta para ser dividida um pouquinho para cada um de nós.

O que se diz nas empresas, e o que se faz na realidade

Uma vez ouvi esta frase em uma empresa:

"Estamos discutindo os processos, não as pessoas. Mudaremos ou eliminaremos os processos, não pessoas".

Verdade ou não, a empresa passou por 2 ou 3 reformulações do quadro nos 3 anos que os diretores adotaram o princípio.

Pensando bem, as empresas são pessoas, não máquinas. Então, alterar processos significa que cada pessoa pode receber no colo uma novidade, goste ou não.

Máximas do mundo corporativo

Esta é pesada:

"Só o cume interessa".
Percebeu o cacófato?

A idéia era que todo mundo se esforçasse o máximo, para atingir o topo da montanha.

Trabalhar perto de casa

Hoje eu trabalho a 5 minutos de casa. É uma vantagem inexplicável.

Antigamente eu trabalhava a coisa de 1,5 horas de casa. Ou seja, acordava lá pelas 5 da manhã, e conseguia, com sorte chegar em casa lá pelas 20 ou 21 horas.

Fora o stress de ficar parado no trânsito com o carro.
Ou de não conseguir pegar o ônibus/metrô/trem que estavam muito cheios.
Ou quando tinha greve no transporte.

E chegando atrasado, ainda levar uma bronca do chefe.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O melhor lugar para trabalhar

Sempre será nas empresas que estão crescendo ou que conseguem permanecer sozinhas num nicho de mercado. Trabalhar no Google é excelente, mas veja que eles reinam sozinhos no mercado.

Aos que trabalham em setores extremamente competitivos, meu recado: prepare seu fígado, vai sofrer. É só ver o caso de trabalhar em segmentos como supermercados, bebidas, por exemplo.

Pior de todos os mundos é trabalhar em varejo de bens de consumo. Pois o varejo é um dos poucos segmentos em que se pode falar de concorrência perfeita, onde uma pequena variação de preço tem forte reflexo nas vendas. Para piorar, pouco se pode fazer em caso de queda de vendas, no máximo você pode propor uma redução de preços. Outras medidas podem ser tomadas, mas certamente o retorno destas ações será relativamente demorado.

Procure empresas em crescimento forte, ou que detenham um relativo monopólio de mercado. Fora destas empresas, você poderá trabalhar, mas sofrerá pressão. Ou procure uma carreira no serviço público.

É melhor ser empregado ou ser empresário?

Tem muita gente que prega a qualidade de vida, o tempo disponível, e portanto afirmam que o melhor é ser empregado. Deu a hora, larga tudo que está fazendo e vai para casa.

Isto é verdade se você ocupa posições na base da hierarquia, até dá para fazer assim. Ou seja, se for uma função de pouca responsabilidade, representatividade.

Ao se tornar gerente, diretor, superintendente, a vida nunca mais é a mesma, em especial para aqueles que buscaram a carreira no setor privado, em empresas que prezam o desempenho e a performance.

Em empresas, o foco é resultado, a empresa precisa vender, de preferência mais a cada dia. A relação profissional afasta cada vez mais o lado pessoal. Eu mesmo vivi duas situações que ilustram bem o problema.
Uma vez, tinha passado a noite toda em claro, no hospital, com meu filho, consegui sair do hospital às 6:00 da manhã, tempo apenas para ir em casa, tomar um banho e correr para o escritório. Chegando na minha mesa, já encontrei o chefe me esperando na minha mesa, pois a presidência queria uma resposta urgente sobre o valor de um orçamento do projeto. Óbvio, que ninguém nem perguntou porque eu cheguei 15 minutos atrasado, mas o humor alterado de todos impedia qualquer comentário, positivo ou negativo. Da outra vez, eu na Rodovia Castello Branco, uma peça se soltou de um caminhão a frente, esta peça perfurou meu pneu, rodei, mas consegui controlar o veículo e parar no acostamento. Troquei o pneu rapidamente e continuei o trajeto para o trabalho, mas agora atrasado porque a entrada para Alphaville estava totalmente congestionada. Cheguei, óbvio, atrasado na reunião com outros diretores e gerentes, mas ninguém nem perguntou se estava tudo bem, ainda que eu estivesse com a camisa suja e suando um pouco por ter vindo correndo.

Ser empresário é bem melhor. Se é para ter responsabilidade e agenda, que seja uma agenda nossa.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sindicato que mistura as coisas

Esta semana começaram a me ligar da Apeoesp. Vieram com uma história que nossa loja foi muito bem recomendada por uma pessoa, então teriam uma oportunidade única para nós.

Pensei que seria algo em prol dos professores, talvez realmente algo que estivesse a nosso alcance.

Ao chegar o representante aqui na loja, ele tirou da pasta uma revista publicada pela Apeoesp. Não bem uma revista, mas um catálogo de anúncio, porque a revista só tinha propaganda, da primeira a última página.
Eu teria de oferecer um desconto sobre o meu preço de venda, ele me sugeriu aplicar de 5 a 35% de desconto.

Depois de muita conversa, tentei descobrir o preço, mas o vendedor mal soube explicar, mas parece que tinha vários tipos de anúncios, de acordo com o tamanho. O menor anúncio custa mais que o dobro do que eu já pago hoje para uma outra revista, com tiragem semelhante. Sendo que eu anuncio em revista mesmo, com reportagens e matérias, o anúncio sustenta a revista, mas o principal conteúdo são as reportagens.

Pois bem custa o dobro do preço normal, e só tem anúncio. E, por experiência, o retorno com anúncio em revista nem é tão alto, funciona mais para fixar a imagem da marca na memória do cliente.

Mas é estranho como os sindicatos e associações misturam assuntos. Os sindicatos oferecem barbeiro, dentista, médico, desconto em parque de diversões, colônia de férias. Eu imagino esta situação como uma forma patriarcal de tutela, oferecer uma série de vantagens porque os empregados são ainda carentes.

É este o papel de um sindicato?

Frases de efeito mundo corporativo

Algumas vezes as empresas mudam a equipe da alta direção, e os níveis gerenciais. A mudança, claro, sempre caminha para alterações em algum processo da organização. E, se for para fazer como sempre foi feito, então não precisaria mudar o gerenciamento da empresa. Daí vem a frase, se não mudar a forma de fazer, vamos obter o mesmo resultado.

Mas a grande frase que ouvi foi: "Tem de mudar, seja por amor, seja por dor".

Empresas não são lugar para democracia, na verdade são lugar para autocracia. Tanto é que muitas empresas usam a abreviação CEO (Chief Executiv Officer) para designar o principal executivo da empresa. Este termo CEO, salvo engano meu, foi emprestado das forças armadas americanas.

Na verdade, o CEO também é pressionado para obter resultado, e rápido. Especialmente em se tratando de uma pessoa nova na organização, a aceitação por parte dos antigos é bastante demorada e complexa. Demora inclusive para o novo executivo entender a organização, e demora muito mais para toda a organização entender o que esta nova pessoa está dizendo.

Verdade seja dita também que nada numa organização é rápido. Para cancelar contratos vigentes, pode ter multa, ou prazo de aviso-prévio. Pedidos feitos em geral têm de ser honrados ou negociados. Estoques já em poder da empresa teriam de ser vendidos, o que pode demorar alguns dias ou até alguns meses.

Mudanças comportamentais são ainda mais complicadas, porque demoramos muito a entender e perceber a diferença. Porque a medição não tem como ser feita em termos quantitativos precisos, mas em termos qualitativos a partir do ponto de vista do outro, não de si mesmo.

Frases de efeito no mundo corporativo

Quando eu trabalhava como empregado era muito comum a direção da empresa usar frases de efeito para explicar o que eles desejavam. Claro, precisavam passar o recado para a empresa toda, de forma rápida e simples.

Uma que eu ouvia frequentemente era: "custo é que nem unha, tem de cortar todo dia". Eu conhecia a frase, a primeira vez que tinha ouvido falar foi do Abilio Diniz, do Pão de Açúcar.

A mim acabava soando como pimenta nos olhos dos outros. Porque ao mesmo tempo que buscávamos redução das despesas que estavam a nosso alcance, passando por aquelas reduções ridículas, como cafezinho e papel higiênico, víamos a empresa gastando dinheiro com consultorias externas (porque santo de casa não faz milagre, certo). Ou investindo dinheiro, como se dizia. De toda forma, empresas como Mckinsey tem qualidade, mas o preço da hora de consultoria custa tanto quanto.

Mas tudo sempre redundava que a cada 2 ou 3 anos a empresa efetuava algum corte de pessoal, que é a grande despesa para qualquer organização.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Trattorias em São Paulo

Sou viciado no filet a parmigiana. Se der como toda semana. É um prato básico, tem à venda em todo lugar.

Mas bom mesmo, eu só conheço um. É preparado num restaurante ali nos jardins, na rua Pamplona, próximo a Rua José Ma, Lisboa, infelizmente esqueci o nome do lugar. Sei que é bem antigo, pois lembro do restaurante desde os tempos que eu era bem garotinho, e lá se vão coisa de 30 anos atrás.

O único problema lá é que eles carregam muito no alho em alguns pratos, bom só para quem gosta.

Curioso também notar que o prato, bastante calórico por si só, ainda vem acompanhado de batatas fritas. Nas tratorias, eles cortam as batatas de forma bem grosseira, ficam lindas grandes fatias de batata. Mas não acho tão saborosas. Prefiro as batatas cortadas mais fininhas, cozidas em água primeiro, e fritas na seqüência, fazendo uma casca crocante e com recheio bem cremoso.

Alimentos frescos e armadilhas nos supermercados

Não sei se todo mundo faz questão de alimentos frescos, mas eu gosto bastante. E não gosto muito de coisas congeladas, nem freezer tenho em casa, nem microondas. Aí, sou obrigado a visitas freqüentes ao supermercado. E acabo indo tanto no mercado do bairro como nos grandes supercenters.

O problema está nos supercenters. Eu vou direto à seção que quero, pego só o que está na minha memória. Óbvio que quando a gente chega em casa, acaba lembrando de coisas que a gente precisa e não tem em casa.
Outra estratégia é andar por todos os corredores das gondolas, e ir comprando. Esta é a pior estratégia, porque a gente acaba comprando mais do que precisamos. Num local que chega a ter mais de 20.000 itens diferentes, sempre acabamos comprando alguma coisa, mais do que efetivamente precisamos.

Fazer uma lista de compras é bom. Mas é complicado, porque representa fazer um planejamento inclusive do cardápio da semana. E a gente planeja, às vezes as coisas não saem como planejamos. Confesso que uma vida tão regrada assim perde um pouco do charme. Porque o gostoso é poder fazer alguma coisa de surpresa, só porque a gente teve a idéia e ficou com vontade.

Uma coisa eficiente é fazer compras sozinho, com lista. Compramos só o necessário. Mas algumas vezes temos de nos dar o direito de ir com a família, transformar as compras em diversão, um passeio.

E principalmente, buscar alimentos frescos, e buscar tempo de cozinhar em casa.
Cuidado se você for como eu, que acabo indo ao mercado cerca de 2 ou 3 vezes por semana. Você pode acabar com um belo rombo no orçamento.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Horário de verão

Ufa, finalmente vamos ao horário normal.

Para pessoas como eu, que habitualmente acordam as 5:00h da manhã, é um matírio. Gasto energia elétrica, porque tenho de acordar e ficar acendendo as luzes de casa. Engraçado é que como nunca chego em casa antes das 20:00h, então à noite também fico luzes acesas. Para mim, horário de verão acaba me obrigando a gastar mais energia elétrica, com poucas vantagens.

E usar eletricidade é muito bom. Nos últimos anos, a tecnologia me trouxe montes de aparelhos elétricos e eletrônicos novos, como cafeteira, forno elétrico, processadors de alimento com 1.000 W de potência, televisores maiores que consomem mais energia, consoles de video game, ar condicionado....

Pra economizar energia elétrica a gente tinha de combinar com os fabricantes, falar para eles pararem de produzir novidades.

Empresas mal intencionadas....

Sabem aquelas cadeiras para transporte de bebês em carros? Bebê-conforto, conforme nos acostumamos a chamar, são adequadas para crianças recém-nascidas até o limite de 13 kg.

Aqui na loja, este tipo de cadeira custa R$150,00, preço camarada.

Outro dia veio um cliente precisando de um cinto de segurança para o bebê-conforto da marca Burigotto. Como não vendemos esta marca (a marca não nos aceita como revendedor, pois prefere manter exclusividade com outro lojista, teme a concorrência, provavelmente), explicamos, mas mesmo assim tentamos consultar o preço do cinto de segurança. Sabe o preço? Inacreditáveis R$ 120,00.

Óbvio, depois de muito conversar, após alguns dias, o cliente acabou vindo e comprando uma cadeira nova.

Falta de consideração cobrar tanto, não é?

Engraçado foi que quando trocamos o cinto de segurança de um carrinho da Hércules, expliquei o problema para o distribuidor Hércules, ele entendeu e enviou a peça sem ônus, demos de graça para o cliente. Isto sim é relacionamento com o consumidor.

Solução é trabalhar

Tanto nas finanças pessoais como nas finanças nacionais, a solução está em trabalhar, ou em última análise vender.

Quero dizer, mais ajuda quem dá emprego ou quem compra, do que quem empresta. Porque quem empresta vai querer juros, e ainda vai ficar com a sensação de que pode não receber o dinheiro de volta no futuro.

É o que está acontecendo com a Grécia. A solução que deram foi um excelente desconto na dívida, além de novos empréstimos. Mas fica todo mundo com a sensação de que pode não receber mais o dinheiro, então os juros tendem a subir mais, e talvez muita gente nem queira emprestar de novo. Esta é a filosofia financeira de bancos, que estão no seu papel.

Mas a solução adequada para um país em crise é conseguir vender e consumir. Elevar as exportações e manter o consumo interno em alta é que vai garantir a saída da crise e qualidade de vida. Se emprestar de um lado e contrair a economia do outro, tudo que vai acontecer é uma crise, talvez até precise de mais empréstimo no futuro.

Igual na vida pessoal. Emprestar dinheiro para quem tem dívida não é solução. O melhor é trabalhar, gerar renda, para que a pessoa tente pagar os débitos.

É neste aspecto que o sistema bancário falha. Tem dinheiro, oferece crédito, mas não se converte o empréstimo em mais trabalho e renda. É como se o débito só trocasse de banco, mas a pessoa continua sufocada pelo empréstimo.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cheques

Tentamos todos os caminhos possíveis para tentar aceitar cheques, inclusive pré-datados, mas não há como.

Aceitar o cheque sem consultar órgãos de proteção ao crédito, nem pensar. Terceirizar com empresas como o Telecheque se mostrou ineficiente, pois o Telecheque tem rejeitado a maioria dos clientes.

Verdade seja dita, maioria que tenta comprar com cheque pré-datado vai ter dificuldade de cobri-los no futuro, ou mesmo podem estar agindo de caso pensado.

Porque os mecanismos que temos para tentar cobrar um cheque são ineficazes, para não dizer inexistentes. No máximo, podemos registrar o cheque devolvido no cartório, e só. Não tem como receber o valor de um cheque devolvido, se o cliente decidir que não vai pagar.

Então, somos obrigados a recusar a maioria dos cheques. Claro, faremos exceções para os clientes mais antigos e conhecidos por nós.

Compras parceladas

Como os bancos não foram capazes de oferecer um produto para financiamento simples e rápido, os cartões de crédito surgiram como única opção.

Opção incompleta, no entanto. Porque ao lojista cabe "financiar" o cliente sem juros. Para tanto, busca prazo junto aos fornecedores e utiliza seu capital de giro.

Aos bancos cabe a cobertura para uma eventual inadimplência. Mas como o cliente, ao receber o cartão, teve sua vida financeira analisada, e como o cartão é ferramenta para relacionamento de longo prazo, provavelmente a inadimplência nem deve ser tão alta.

Então, quem está oferecendo crédito, no final das contas, é a indústria e o varejo, para conforto e comodidade dos bancos.

Duvida? Tente ir a um banco qualquer e pedir dinheiro emprestado para comprar roupas, por exemplo, se conseguir emprestar, confira a taxa de juros que o banco vai te cobrar para tal operação.

Bancos: solução apenas emergencial

Quando a gente vai a faculdade, estudamos economia, e o papel dos bancos é principalmente intermediar operações financeiras, tomando recursos daqueles que tem dinheiro disponível, emprestando para aqueles que necessitam de capital, em troca recebem juros dos devedores, e pagam um pouco menos dos doadores de recursos.

Mas as coisas não funcionam bem assim, em geral depender de dinheiro dos bancos leva os empresários a falência. As únicas exceções são os financiamentos de prazo muito longo, em geral através dos bancos públicos, que às vezes oferecem taxas menos salgadas.

Veja a loja que vende com cartão de crédito já paga coisa de 5% de taxa de serviço as empresas de interchange, para receber parcelado. Se quiser, pode antecipar o recebimento destas vendas a taxas de mais ou menos 3% a.m. Salvo exceções para lojas de alta grife, não consigo imaginar uma loja capaz de embutir custo financeiro de 10% no preço da mercadoria.

Então, o sistema financeiro está faltando com seu principal objetivo, fomentar o consumo e o desenvolvimento do país.

Culpa estrutural da ausência de um mercado consumidor desenvolvido, e também pela eterna e insaciável fome por recursos do governo, que toma todos a poupança do país.

Mas, na emergência financeira, só podemos contar com os bancos mesmo. Quer dizer, se os bancos acharem que você é digno de receber o dinheiro emprestado.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Grifes e seus preços indecifráveis

As lojas da Lacoste são lindas e maravilhosas.

Vi lá camiseta polo masculina, coisa de R$190,00.

Em outras lojas, vi preços a partir de uns R$39,00. Outras marcas de grifes menos badaladas, com lojas também muito bonitas, por volta de R$100,00.

O que justifica a distância no preço? Comportamento do consumidor é algo difícil de compreender.

Loja que não aceita cartão

Algumas lojas não aceitam cartão, nem débito nem crédito. Ok, é um modelo de negócio, mas duvido que sejam lojas boas, onde vale a pena comprar.

Outras não aceitam apenas o cartão de crédito, ou limitam ao máximo o parcelamento. Também neste caso, considero que esta loja poderia oferecer um preço mais em conta.

O pior tipo é a loja que restringe a compra de alguns produtos ao pagamento em dinheiro.

Este último tipo de loja é o tipo que falta com o respeito ao consumidor, ao oferecer condições diferenciadas de acordo a forma de pagamento, segregando mesmo os clientes, e certamente, ao obrigar o cliente a efetuar pagamento em dinheiro está buscando forma de burlar o pagamento de impostos.

Exclusividade na TV

Estamos indo longe demais nesse negócio de exclusividade na TV.

Li agora a pouco que haverá um evento da CBF, onde o atual presidente irá anunciar sua renúncia. Ocorre que esta excluvidade será para um único canal da TV paga. Aí jé é demas, não acham?

Que interesse teria o cidadão comum em ver este evento?

Errado tanto quem vendeu os direitos de tal evento, como errado quem comprou.

A gente definitivamente precisa acabar com este processo de transformar tudo em fonte de dinheiro, e dar valor às coisas que realmente valem a pena.

Descontos para pagamento à vista

Imagine que eu tenha gastos mensais de R$2.000,00 em lojas.

Considerando custos financeiros mais custos das máquinas de cartão de crédito, as lojas podem facilmente gastar até 10% do valor da compra.

Se eu pagar a vista, em dinheiro, a loja poderia então me conceder este desconto. Imagine ter 10% a mais de renda disponível.

Pra você pensar em como as lojas e bancos nos impõe o preço, e como nós mansamente concordamos em sustentar a situação, e ainda achamos bom.

Mais incrível ainda é que os clientes consideram um orgulho possuir um cartão de crédito, mesmo tendo pago por isto.

Andador para bebês

Ainda que condenado por alguns médicos, os pais ainda apreciam bastante os andadores, pois propicia liberdade e diversão aos pequenos.

Como é um item que não compramos regularmente, geralmente não conhecemos o produto nem as marcas. Torna-se uma compra às cegas, porque quem compra não tem nenhuma referência para escolher.

O consumidor vai às lojas, olha, reconhece algumas marcas mais famosas. Mas são todos extremamente parecidos, para não dizer que todos são bastante frágeis e praticamente descartáveis após alguns meses de uso.

O modelo mais barato que conheço vale por volta de R$52,00. creio que é da Still Baby. Modelo simples, só tem uma buzininha no console.

Acima deste modelo, você vai encontrar modelos com luzes e acionamento eletrônico, toca músicas. Não sei quanto anda valendo no mercado, mas aqui sai por R$60,00.

Acima destes você encontra as marcas famosas como Burigotto, Galzerano e Hércules, com andadores com preços acima de R$100,00.

Não pague preços acima destes, você está perdendo dinheiro. E se pagar à vista, as lojas podem e devem te dar um desconto. Se você não ganhar desconto, sugiro trocar de loja, você certamente irá encontrar lojistas que te respeitam.

Quem custeia o cartão de crédito/débito

Antes de mais nada, ao pagar anuidade para os cartões de crédito, você sustenta toda a estrutura do cartão de crédito, como os sistemas, as centrais de atendimento, o envio da fatura a sua casa. Isto porque está cada dia mais difícil conseguir um cartão grátis, sem anuidade.

Os juros e multas que eventualmente pagamos nas faturas do cartão servem basicamente para cobrir os inadimplentes, impostos e margem de lucro para o emissor do cartão, em geral um banco.

E, não satisfeitos, você ainda paga a empresas como Cielo e Redecard, responsáveis pelo interchange, para poder utilizar seu cartão naquele monte de estabelecimentos. Quem paga diretamente é o lojista, mas é claro que o dono da loja irá colocar o custo no preço do seu produto.

Alguns afortunados podem até conseguir um cartão isento de anuidades, e nunca rolar um saldo da fatura de cartão de crédito, mas dificilmente escaparão de pagar as taxas de interchange. Tente chegar em alguma loja e propor receber um desconto porque você está pagando em dinheiro em espécie. Salvo raríssimas exceções, a maioria nem se importará com seu pedido.

Isto mostra o poder que os bancos e grandes lojas têm sobre você. Pois contra os bancos não há escolha, você depende inteiramente deles. E achar uma loja camarada que tope conceder o desconto ao proporcionar economia da taxa de interchange, bem isto é tarefa quase impossível.

Mas o desconto deveria acontecer. Porque o custo, para o lojista, em termos de só poder receber o dinheiro após 30 dias é bastante alto. Somando taxas de interchange, mais juros aos bancos preços a prazo obtidos juntos aos fornecedores, bem , certamente não será inferior a 10% do valor do produto.

E mesmo assim, vamos felizes às compras com nossos cartões de crédito e pagamos o preço que a loja definiu. Depois racionalizamos assim: naquele loja tem tudo, e ainda consegui pagar a prazo! Enquanto isto, bancos e lojistas esfregaram as mãos de contentamento, porque ganharam dinheiro, e muito.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Economizar é bom mas não é tudo

Ontem vi no jornal que o governo vai cortar coisa de R$55 bi este ano em gastos. A Grécia vai tentar cortar vários bilhões de euros, inclusive nas aposentadorias. Outros países da Europa, como Itália, Portugal devem em breve fazer seus planos de ajuste, quer ver como irão pelo mesmo caminho de tentar economizar.

Claro que economizar é bom, melhor ainda no caso do Brasil, onde o governo é o principal tomador de recursos, pagando centenas de bilhões de reais apenas em juros todo ano.

Mas governos mundo afora dão o exemplo errado, em vez de incentivar a economia, tomam medidas de retração econômica, caindo numa espiral de crise.

Aqui no Brasil nunca o governo fala em reduzir os impostos, pois aqui conta-se com a receita destes impostos, se for para diminuir um imposto, dizem que não dá, porque precisariam achar outra fonte de recursos. Esquecendo de contar que quando a economia vai bem, aumenta a arrecadação e muito, e neste caso ningu´m precisa dizer para onde vai o dinheiro extra que chega aos cofres do governo.

Parece alguns casos que tive contato na época que tentei ser consultor de empresas. Geralmente, a gente via a empresa em dificuldades financeiras, em vez de brigar por aumentar a venda, buscava-se uma forma de diminuir a despesa de tal sorte que empresa saísse do buraco. Tarefa inglória, quando não impossível.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A favor de reduzir impostos sobre video-games

Como o governo considera os video-games como jogos de azar (!!!), o produto recebe tributação de até 40% só de IPI (fora imposto de importação, ICMS, PIS, Cofins, etc.).

Mas um console é muito mais que um video-game, quem tem um PS3, por exemplo, sabe disso. O PS3 é, na verdade, um mídia center muito poderoso. Pena que a Sony coloque tantos empecilhos ao desenvolvimento de aplicativos tipo homebrew. Com a imensa capacidade do processador Cell de 3,2 Mhz, a fabulosa GPU, capaz de gerar gráficos em 1080p, e conectividade wi-fi instalada de fábrica, imagine o poder que temos para usar o console.

Por outro lado, se jogo no celular ou mesmo no PC e notebook, nem por isto estes produtos seriam considerados na mesma categoria de jogos de azar, não é?

Como governos e empresas não ajudam, é claro que a pirataria corre solta. Mas é como o cachorro correndo atrás do próprio rabo.

Governos fazendo coisas erradas

Você deve ter visto que a economia da Grécia encolheu absurdos 7% no último trimestre. Ao fazer isto, certamente começamos a arrastar o resto dos países para o buraco, a Itália me parece que apresenta já sinais de recessão econòmica.

O erro é que os governos pensam assim, o país está sem dinheiro, vamos emprestar, mas como eu quero o dinheiro de volta, eles precisam economizar, gerar superavit. O superavit é conseguido via corte de gastos tanto de despesa quanto investimento.

Mas a abordagem está errada. A melhor coisa a ser feita é estimular o consumo, e especialmente, a produção. Foi o que o Ocidente, em particular os USA, fizeram com o Japão no pós-guerra.  Japão foi devastado pela guerra, para garantir a estabilidade do governo e impedir o avanço do comunismo no país, eles se comprometeram a comprar a produção japonesa. Até a década de 1960, produtos japoneses eram altamente depreciados, da mesma forma que nós brasileiros nos referimos hoje aos produtos contrabandeados do Paraguai. Deu nisto, o Japão hoje é uma das maiores economias do mundo, um centro de excelência de produtos para o mundo todo.

Então, a União Européia, em vez de discutir quem vai emprestar dinheiro para a Grécia, sem saber se vão receber o dinheiro de volta, poderiam se comprometer a comprar produtos da Grécia.

Este tem sido problema na Europa, países em dificuldades não têm outra opção senão empréstimos junto ao mercado financeiro. O Brasil, enquanto federação, sobrevive porque estados com economias fortes, como os países do Sul e Sudeste, de certa forma subvencionam estados com economias mais deficitarias. Já pensou no que aconteceria se um estado como São Paulo dissesse: olha todo o dinheiro daqui e dos impostos fica aqui, certamente muitos estados caminharia para a falência.

De qualquer forma, a solução para os problemas da economia mundial passa certamente para mais consumo, e menos acumulação de capital.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Segurança na informática

Confesso que sou meio obcecado com este assunto de segurança, proteção de tudo que é relacionado a informática.

E só consigo confiar em alguma coisa quando eu entendo como funciona. Estes sistemas tipo "caixa-preta" me desagradam bastante.

Por isto leio e escrevo tanto sobre internet banking, senhas, criptografia, segurança e tudo mais relacionado ao tema.

HDCP - segurança contra cópias

Lá em casa, ligo tudo que posso em HDMI, a imagem fica realmente fabulosa. Tanbém, com capacidade para 1080p, ou seja 1080 linhas em progressive scan, a qualidade da imagem é excelente.

Até ontem, nunca tinha me ocorrido que existe um sistema de criptografia na transmissão de dados pela porta HDMI. Li a respeito ontem, por acaso. Funciona assim, cada equipamento possui um código individual. Ao conectar dois equipamentos, a partir destes dois códigos, os equipamentos decidem por um código de criptografia, e toda informação que trafegar pelo cabo HDMI estará devidamente criptografada, sendo compreensível apenas para estes dois equipamentos. Mesmo que alguém pegasse esse sinal e copiasse, ao colocá-lo em outro aparelho, não iria funcionar, pois não se saberia a chave de criptografia utilizada.

Ainda assim, as transmissões em HD já encontram cópias para baixar na internet, ainda que a apenas 720p, o que dá uma imagem bastante boa, especialmente em monitores menores.

Atendimento bancário, sempre um problema

Hoje meu banco amanheceu sem o sistema de internet banking. Notei que, automaticamente, sem que eu pedisse, o sistema tentou atualizar o módulo de segurança, pois tanto o browser que uso quanto o Norton Anti-virus me alertaram para o fato.

Mas agora estou sem internet banking, então meu planejamento foi por água abaixo, terei de achar um tempo para ir até a agência. Claro que liguei para o atendimento do Banco, o atendente me falou para ir tentando que uma hora iria funcionar (isto desde as 8:00 da manhã de hoje).

Uma vez, por causa de 1 minuto perdi a data de pagamento de um título. Cheguei em casa, e até conseguir ligar meu desk-top, entrar no site e digitar a senha, entrei exatamente as 20:01 h, mas o processamento diário tem de ser feito atè as 20:00h, então recebi multas e juros por causa deste minuto que perdi.

Do lado do banco nem tudo é assim. Já fui em vários bancos, nenhum abre pontualmente as 10:00h, abrem mesmo umas 10:05 ou 10:10h.

Quem tem poder pode atrasar. Quem é mero mortal que se vire para obedecer a quem tem poder.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como lucrar alto!

Só pode ser, uma camisa masculina valendo coisa de R$200,00, é algo anormal.

Mas como estamos em época de liqüidação, os preços estão praticamente pela metade, algo como R$100,00.

E tenha certeza você que com este preço o lojista está tendo lucro. Imagina os desavisados que compraram na entrada da coleção, pagando o preço cheio?

E você sabia que se o lojista decidir vender a mercadoria abaixo do custo, terá de estornar também o crédito obtido na entrada? O empresário pode tomar prejuízo, o fisco nunca toma prejuízo.

Estacionamento caro

Ontem, visitei um shopping da zona sul de São Paulo.
Fiquei menos de 2 horas lá dentro.

Mas para sair paguei R$ 9,00. Me pareceu preço meio abusivo, mesmo porque só achei vaga na parte descoberta do estacionamento, depois de rodar uns 15 minutos lá dentro, e ainda peguei chuva.

O agravante, neste caso, é que não existe alternativa, ou paga o preço ou não vai lá, porque não existe concorrência com outro estacionamento, nem existe possibilidade de deixar o carro na rua na região próxima.

Mas a classe média paulistana aceita isto numa boa, tanto é que o shopping estava relativamente cheio de gente.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Greve na segurança pública

Anda circulam do aí pela internet uma convocação para assembléia no RJ, para decidir por greve da segurança pública.

Já pensou no caos que será sem polícia, bem na véspera do Carnaval.

Depois do governador da Bahia, do PT, provar o gosto amargo das greves, vamos ver se alguém consegue apagar o pavio, certamente não o PT, que sempre apoiou e até incentivou as greves.

Vem Copa do Mundo e Olimpíadas para cá? Humm, antes vai ter greve dos operários que trabalham na construção dos estádios. Se as arenas ficarem prontas, vamos ver o que vai dar para fazer, se não passarmos vexame para o mundo inteiro, já vai estar excelente.

Patrocínio no esporte - desvirtuamento de valores

Acho que o principal problema com o esporte no Brasil é que acabamos não tratando o tema como espetáculo, deveríamos ver o esporte como forma de lazer e entretenimento. Em vez disso, fazemos do esporte uma forma sectária, onde preferências por um time descartam qualquer outra forma de apreciar outro jogo de outro clube. Um corintiano, de forma alguma, sairia para ver um jogo do São Paulo ( e vice-versa).

O que acontece, porque conduzimos o esporte desta maneira, é que a principal fonte de renda de um clube é patrocínio. E com o patrocínio, desvirtuamos totalmente a fonte de renda do esporte. Em lugar do esporte ser apoiado por quem aprecia o esporte em si, os estádios ficam lotados apenas por gangues, que afastam ainda mais a população em geral, pois por vezes preferimos ver o jogo de graça na televisão.

Aí quem sustenta o time de futebol é uma empresa, que nada tem a ver com futebol. Lembro do caso da Eletrobrás, que patrocinava o Vasco da Gama, do RJ. Que interesse tem esta empresa do setor elétrico no futebol?

Criamos outro desvirtuamento na medida em que muito poucos ganham extremamente bem. Porque o futebol, por exemplo, deveria se sustentar preferencialmente por renda de bilheteria, onde ao pagar o ingresso nós estamos democraticamente dizendo quanto vale o salário do time de futebol. Quando um atleta é patrocinado, delegamos a um terceiro a decisão de juízo do valor.

Mas talvez um dia eu consiga ir a um estádio de futebol num domingo, passar o dia no estádio, que vai ter um shopping center, restaurante. E durante o jogo estaria com a família, vendo o espetáculo, bebendo e comendo iguarias. No intervalo do jogo talvez tivesse algum espetáculo. E se a gente quisesse utilizar o banheiro, ele estaria limpo e cheiroso. Na hora de chegar ou ir embora eu não teria medo dos vândalos.

E voltaria de lá feliz, como se tivesse passado o dia no melhor parque de diversões do mundo.

Lojas - varejo é pra quem conhece

Um dos maiores desafios para quem tem loja é decidir quais produtos você vai ter, e quais você vai deixar de lado. Porque tem de ser muito criterioso, sempre temos falta de capital, por outro lado a pior sensação do mundo é quando cliente entra na loja, procura um produto e não encontra.

Uma das memórias que guardo do mundo corporativo foi quando trabalhava em uma cadeia de lojas. Recém chegava um novo executivo responsável por conduzir a operação, jovem, mas sem experiência em ramo de vestuário. Logo de início ele reclamou a interlocutores; "Como pode uma loja como essa não vender camisetas polo?". Certamente ele tinha ido no fim de semana em alguma loja da rede, e procurando o item não encontrou. O que me ocorreu na hora foi que meu filho nunca usava camisetas polo, em circunstância nenhuma, e olhado os outros jovens, comecei a reparar que nenhum outro utilizava tampouco. Óbvio, camiseta polo é item de vestuário de pessoas de meia-idade.

Pelo sim, pelo não, os compradores trataram de abastecer as lojas com camisetas polo, ainda que o foco da loja fosse claramente jovens até 25 anos. Mas nem área comercial, nem marketing, nem publicidade, ninguém ousaria ir contra o principal executivo de uma empresa certo?

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Shopping x Rua

Quando a gente vai no shopping center, alguns tipos de loja são únicas, você não vai poder comparar serviço ou preços. Caso típico é o de livraria, geralmente tem uma só em cada shopping. Porque a administração do shopping impede que existam muitos concorrentes dentro do shopping.

Pensei neste assunto após ver a quantidade de lojas de óticas que existem no centro de Osasco, uma cidade da Grande São Paulo. A concorrência, neste caso, favorece a existência de uma variedade grande de produtos, preços baixos e serviços diferentes em cada loja.

Mas existe o limite dado pela lucratividade mínima que uma loja deve ter, sem isso os empreendedores se afastam, fecham a loja ou mudam de ramo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Roupas com personagens - Betty Boop

Notei que as mulheres estão usando muito as bolsas e blusas estampadas com a Betty Boop.

Só agora me ocorreu, porém, que nenhuma delas tem idade para ter visto os desenho animados da personagem. Eu mesmo me lembro muito vagamente da personagem, lembro que era um desenho em branco e preto, lembro da música e da dancinha que ela fazia no desenho.

Lembro também que este desenho passava nos USA no tempo da 2a. Guerra Mundial, e lembro de ter lido que ela chegou a ser censurada na época, pois usava uma mini-sai minúscula.

Aonde quero chegar? Simples, as pessoas as vezes usam personagens mesmo sem saber quem são ou do que se trata, usam apenas porque acham bonitinho ou simpático.

Acontece algo parecido com a Marie, personagem Disney do desenho Os Aristocatas, desenho que pouca gente assistiu ou lembra. Mas a  Marie deu certo, já os gatos irmãos dela, Toulouse e Berlioz, não tiveram o mesmo sucesso.

Superbowl - grande lição para nós

As ligas de futebol americano são feitas para fortalecer o todo.

Então, diferente o futebol no Brasil, todos assistem à final, independente da preferência clubística de cada um. E tudo é transformado numa grande festa em torno do evento. As estimativas são de que o Superbowl foi visto por 160 milhões de americanos (ou assistiram integralmente, ou pelo menos parte do jogo). Quanto vale isso, cerca de 80% da população norte-americana?

Coisa que deveria ser papel da CBF no Brasil., ser a entidade que busca o fortalecimento dos clubes e da marca futebol brasileiro. Mas aqui no nosso país, o grosso da verba está ligada a transferência de jogadores entre clubes, quer dizer que o interesse econômico está voltado para a parte do dinheiro que pára na mão de empresários, e não voltada necessariamente para o esporte enquanto espetáculo em si, para o apreciador do esporte em si.

Superbowl - uma lição de como fazer bem feito

Todo mundo concorda que a economia americana está em crise, que a situação dos déficit gêmeos (fiscal e comercial) é insustentável, que a bolha imobiliária estourou, que há desemprego alto. Mas veja alguns números do Suoperbowl (do blog do Juca Kfouri, por Sérgio Lima):

90% de todos os sites de empresas que tiveram comerciais de TV durante o jogo foram visitados tantas vezes que não aguentaram e sairam do ar.

Existem 13.000 quartos de hotel em Indianápolis, todos foram reservados muito antes do jogo, alguns com ágio de 1.700%.

Preço normal para um hotel popular na cidade de Indianápolis normalmente? 40 dólares. Em semanas de Super Bowl, média de 300 dólares.

Os preços oficiais da grande maioria dos ingressos estavam nas faixas de $800 e $1200 dólares cada mas quase todos foram vendidos por mais de $4000.

Camarotes para 35 pessoas no nivel do gramado e que estavam avaliados em $300 mil foram vendidos por $500 mil dólares.

Veja que o show da Madonna no intervalo nem custou nada aos organizadores. Ela esteve lá, de graça. apenas para se expor.

Uma prova de que uma economia voltada para consumo, mesmo quando em crise, consegue gerar negócios para muita gente. Agora uma economia voltada somente para acumulação, ou dependente somente de exportação pode encontrar sérios problemas, falta de renda.

Entre acumular riqueza e ostentação, talvez ostentação ainda seja melhor opção.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O que é ser Hacker

De uma forma muito geral e abrangente, hackear é alterar um produto, para utilizá-lo para um propósito ou forma não previsto pelo fabricante.

E aqui reside a grande diversão na informática. Se fosse para apenas sentar na frente do monitor, e ver um filme ou jogar um game da forma como o fabricante disponibilizou, bem eu acho que boa parte da diversão iria se perder.

Levando o conceito ao extremo, certamente aqueles chocolates em barra que vendem no supermercado são, por si só, muito gostosos. Mas quando a gente tempera o chocolate, molda o chocolate ou faz um ganache, bem é muito melhor.

O maior sucesso que eu vi até hoje foi o Excel, tamanha a abertura e facilidades possíveis de ser implementadas por usuários comuns.

Vejo um grande movimento de pessoas que tentam implementar suas próprias aplicações no PS3 e no xBox. Não vejo tal movimento no Wii, deve ser porque a arquitetura do sistema não seja muito favorável, al´wm da capacidade de processamento inferior.

No entanto o Wii dominou longamente o mercado de games,  o PS3 e xBox só deram a virada após a implementação dos sensores de movimento.

Placa de precisa-se de empregados

Dizia um cartaz colocado na porta de uma loja em São Paulo:

"Precisa-se de vendedor.

Exige-se conhecimento de operações básicas, frações e porcentagens.

Deixar seu currículo".

Conhecimento básico, não, coisa do ensino fundamental, se eu não me engano.

Achei a idéia muito boa, eu mesmo já pensei em propor um teste de redação a todos os candidatos a emprego na loja. Só não fiz por medo de não conseguir contratar ninguém.

Falência total do sistema de ensino!

Games são bons negócios?

A Nintendo reportou projeção de perdas de US$580 mi para o ano fiscal que se encerra em Março/2012.

Que acontece?

Basicamente, a concorrência com estes novos gadgets, como tablets, e a concorrência com o XBox e PS3.
De outro lado, a Sony prevê lucros este ano com o sistema PS3. A popularidade do PS3 coincide com o momento em que os hackers conseguiram desbloquear o sistema, ainda que a rede PSN tenha sido invadida no ano passado, e causado tamanho dano de imagem a empresa.

Primeiro fato, convergência, celulares, computadores, tablets e televisão, parece que tudo caminha para ser uma coisa só. E segundo fato, o bolso dos consumidores é um só, não é possível participar de todas as ondas de inovações que indústria é capaz de gerar.

Adoro o PS3, além de divertir-me com os games, praticamente vira um centro de multimídia, tocando áudio e reproduzindo DVD, Blu-ray e mesmo arquivos baixados da internet.

Confesso que ainda não tentei usar o Netflix. Mas aí está outra grande utilidade do console.

Significa que games, por si só, não são suficientes. Desejamos ficar on-line, e concentrar tudo que for possível num mesmo equipamento. Fazendo assim, vira coisa de gente grande e para crianças.

Sistema de proteção PS3 - firmware

Pelo que pude entender até o momento, o PS3 conta, na verdade, com 7 células de firmware, mas só os seis primeiros são acessíveis.

Desta forma que o sistema se protege, pela célula de firmware não acessível o sistema pode bloquear a execução de cópias de disco, os hackers não conseguindo alterar a memória do sistema, nada funciona.

A saída, no caso, se deve ao fato de que o sistema tem de permitir a execução de jogos baixados da rede da Sony, a PSN.

A proteção, aí, se dá pelo fato de que somente quem possuir acesso a PSN tem máquinas oficiais, inclusive com as atualizações de firmware da própria Sony. E cada jogo da PSN tem um hash de arquivos que garante a integridade e originalidade do jogo.

É realmente uma maravilha de máquina.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Perigo: assalto a residências

Não tenho estatísticas para comprovar.

Mas sinto que aumenta cada dia a quantidade de casos de assaltos a residências e apartamentos.
Por morar em uma cidade da Grande São Paulo, sempre ouvi que minha cidade era relativamente perigosa, mas isto era meramente preconceito dos habitantes de S.Paulo, pois estou a 20 anos no mesmo lugar sem maiores problemas.

Até agora pelo menos, pois cada dia ouço um relato de assalto a residência, o que traz uma sensação de insegurança.

E a política de segurança do governo do estado deixa a desejar, assim como as políticas sociais, claramente deixadas de lado.

E em todas as esferas de governo, falta política de trabalho e educação.

Desvendando o sistema de proteção do PS3

O PS3 é uma linda máquina.

Além de utilizar para jogar games de primeira qualidade, com imagem e som impecáveis, ainda uso o aparelho para tocar DVD, Blu-ray e mesmo filmes no formato AVI, com muita comodidade.

Através da rede sem fio de casa, consigo conectar o PS3 aos computadores da casa, com a ajuda do Windows Media Player estou conseguindo até mesmo fazer um streaming de video pessoal.

De quebra, o sistema tem, de forma nativa, funcionalidade para navegação na internet.

Mas nem tudo são flores. Alguns arquivos de video não rodam nele nem no WMP, e o suporte a legenda não é muito bom nem eficiente. Para tocar vídeos, melhor mesmo usar o VLC.

E a navegação na internet do PS3 é muito restrita, só consigo ver alguns videos do YouTube, mas só daqueles que a Sony escolhe.

Só isto já justificaria tentar encontrar ou desenvolver/adaptar algum software para rodar diretamente no PS3. Porém o mecanismo de segurança e proteção do PS3 impede a instalação da maioria dos pacotes que não foram criados diretamente pela Sony, ou por ela aprovada.

Minha maior pergunta é como fazer para rodar emuladores no PS3. Vai ser muito engraçado ver o SuperMario nas telas do PS3.

Acho que o primeiro passo para aproveitar melhor este console passa por entender a engenharia de firmware e sistema de criptografia e proteção da máquina. No mínimo, vai ser um desafio estimulante e até divertido, pois conhecimento nunca é demais.

Sistema de proteção - criptografia - PS3

Estes sistemas de criptografia são complicados, mas muito interessantes.

Basicamente funcionam assim: tendo a chave pública, o proprietário pode verificar a integridade do arquivo, mas o usuário não consegue calcular a chave privada tendo apenas a chave pública.

Vou estudar o assunto mais a fundo, e vamos publicando aqui, pedaço por pedaço, porque o assunto é relativamente complexo e amplo.

Dá para quebrar o sistema de segurança do PS3

Eu sempre apreciei muito os video games, desde os remotos tempos do Intellivision. A tecnologia avança muito rápido, então os jogos e consoles ficam obsoletos muito rápido. Antigos, talvez, mas não menos interessantes.

Eu acho que o PS3 está chegando ao fim de seus dias, e em breve veremos uma nova plataforma chegando. Aí é que reside o problema. É impossível a gente ter todos os jogos de um console, devido ao preço. E quando o fabricante do console decreta sua morte, ficamos totalmente órfãos dos jogos. Foi assim com o NES, SuperNes, Megadrive, N64, PS1 e PS2, para não falar dos jogos do Comodore. Para estas plataformas antigas existem a possibilidade de se buscar os ROM'n na internet, e jogar direto no PC.

No caso do PS3, o único meio de jogar é via console, que conta com um sistema de proteção extremamente robusta através de ECDSA (Elliptic Curve Digital Signature Algorithm), que usa função do tipo como no exemplo abaixo do Windows Right Management Version 2:

Y^2 = X^3 + ax + b


y^2 = x^3 + 317689081251325503476317476413827693272746955927x
+ 79052896607878758718120572025718535432100651934


Basicamente, o sistema de proteção conta com três elementos: uma chave privada, que somente a Sony sabe qual é, uma chave pública que está no software e um hash de arquivo necessário para calcular a chave pública.

A chave privada (dA) é um ponto pertencente a curva descrita acima. A chave pública  (Qa) é calculada a partir da geração de um número aleatório k, de tal forma que Qa=dA . k.

A quebra do código para os jogos abaixo da versão 3.55 do firmware da Sony só foi possível porque eles utilizaram o mesmo número aleatório (k) em todos os jogos. De maneira simplista, quando você tem uma variável e duas equações, você consegue resolver a variável (garotos, nunca deixem de estudar álgebra).

Depois da 3.55, a chave k é aleatória para todos os jogos, inviabilizando qualquer dedução algébrica do valor. A única alternativa seria uso de força bruta, ou seja tentativa e erro. Inviável, a segurança da chave privada é de 20 bytes, ou seja existem 2^160 combinações possíveis (equivale a um número de 49 dígitos).

Para mantermos vivos os jogos do PS3, só se a Sony divulgar as chaves privadas, pois os jogos em breve irão sumir das lojas e nunca mais teremos acesso aos fantásticos jogos desta plataforma.


Segurança da informação - bancos

Saiu na Folha de São Paulo de hoje, 04 de fevereiro de 2012:

"Cerca de 80 mil brasileiros sofrem golpes on-line todos os dias, segundo o movimento Brasil sem Vírus, do Comitê de Democratização da Informática (CDI) e do TechTudo."


Quando eu vejo na CBN-SP que eles ficam contabilizando os ataques a caixas eletronicos (não chega a um por dia), os números ficam ridículos.


A mídia propaga que usar dinheiro físico é problema, mas ter tudo no mundo digital é muito complicado também. Usar cartão de crédito e débito e internet banking não é sinônimo de segurança.

Quando um caixa eletrônico é assaltado, o prejuízo é do banco, certamente. Se houver um ataque à sua conta, você vai ter de se virar para provar que não foi você.

Pode comprar sem medo

Sem dúvida, a vida é muito curta para tudo que a gente quer fazer. Mas todo dia ouço comentarista no rádio dizendo para poupar, ter um fundo de reserva, onde é melhor colocar o dinheiro, que é melhor não gastar todo o dinheiro.

Porém, olhe para o outro lado. Imagine sua vida se você agisse de forma avarenta, não comprando nada. Como seria sua vida sem carro, celular, computador, televisão, etc. Voltaríamos a idade das cavernas, não é?

Mesmo aquele cafezinho no bar todos os dias, que pode ser até visto como gasto desnecessário, tem seu valor. Claro que não vou ao Starbucks todo dia, mas algumas visitas regulares lá certamente não farão mal. Se você gasta R$3 por dia, claro que equivale a R$1.080 por ano, talvez mais de R$40mil quando você for se aposentar, quando então você iria dizer: "Agora que cheguei até aqui, vou poder tomar todos os cafezinhos que quiser", mas vale mesmo a pena esperar tanto?

Lembre de comprar coisas boas, apenas não gaste além de sua renda. E tenha em mente que você nunca irá parar de trabalhar, pois não tem como confiar na previdência pública, muito menos no sistema de saúde pública. E nada de exageros se sua renda não permitir, dá para comprar jóias sim, mas talvez não precise ser na Tiffany, talvez dê para se satisfazer numa Casa das Alianças mesmo.

Trabalhar é o que podemos fazer, usufruir do que auferimos é mais que um direito, poupar é praticamente um luxo.

Com o que você ganhar, use o dinheiro para comer, se vestir, viajar, se divertir e estudar. Nunca sabemos o dia de amanhã, e eu acho melhor aproveitar, abraçar a vida com seu corpo inteiro.

E não se esqueça de cuidar bem de tudo aquilo que é importante, família, amigos e seu patrimônio.

Sacolinhas plásticas: governo e supermercados se acharam espertos

Quando a prefeitura de São Paulo tentou, via decreto, banir as sacolas plásticas do comércio, escolheram o caminho mais fácil, proibindo a distribuição das sacolas no comércio de São Paulo, praticamente com apoio dos empresários do setor.

A mídia e a população concordaram, afinal quem poderia ser contra uma medida ambiental politicamente correta?

Mas o governo se omite na coisa mais fundamental: a ele cabe criar processos de reciclagem, com coleta eficiente e rápida. Veja que eu reciclo tudo que posso, ao custo de ter de armazenar em casa montes e montes de embalagens, e tem de ficar em local protegido da chuva, acondicionado e limpo. E uma vez por semana, no mínimo, encho minha caminhonete e levo tudo até um posto de reciclagem. Veja, eu fico com quase todo o ônus.

Volto a dizer, a medida correta seria governo e supermercados agirem em prol da reciclagem, para resolver o problema da geração de lixo em São Paulo.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sacolinha plásticas

Vejo todo dia nos jornais que a sacolinha que os mercados iam vender iria custar R$0,19.
Eu ainda não vi dessas. No mercado tinha uma a R$0,60. Esses repórteres podiam fazer o trabalho direitinho.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Porque álcool 70%

Como eu não sou farmacêutico nem bioquímico, sempre me intrigou porque se usa o álcool 70% para desinfecção. O percentual indicado na embalagem varia, já vi álcool até 92% INPM, o que significa que é um álcool que tem 92% do peso em álcool, ou outros 8% são de água (destilada, espero, mas não consegui ter certeza que os fabricantes misturem água pura no álcool).

Voltando a questão, eu achava que álcool 92% era bem melhor que o álcoo 70%. Bem, é melhor para acender a churrasqueira, mas não para desinfecção.

O álcool tem ação bactericida, fungicida e viricida, ou seja mata bactérias, fungos e virus. Mas para funcionar, o álcool tem de entrar dentro da estrutura da célula. A entrada do álcool na célula é promovida através da osmose. Com álcool a 70%, ocorre osmose da água para dentro da célula, nessa passagem a água transporta junto o álcool para dentro da célula.

Dentro da célula, o álcool irá promover alguma desnaturação das proteínas, e então evaporar. Após a evaporação, ocorrerá osmose reversa, com a água saindo da célula, desidratando a célula. Duplo golpe.

Com o álcool em proporção mais alta, o processo de osmose fica prejudicado.

Por isto, usamos o álcool 70% para desinfecção.

O único problema do álcool é que ele evapora muito rápido, restando nenhum efeito prolongado ou residual. Ou seja, promoverá a desinfecção apenas instântanea, o alcool deveria ser usado várias vezes ao dia para garantir uma desinfecção constante.

Sites de banco que resistem a ataques

Hoje notei que o site do HSBC no Brasil foi nocauteado pelo Anonymous, o grupo hacker conseguiu derrubar o site simplesmente promovendo um ataque tipo DDoS (distributed Denial os Service). O ataque é simples, porque significa simplesmente que o site recebe pedidos de acesso  muito acima de sua capacidade de atendimento.

Os sites do Itaú e Bradesco resistiram muito bem ao ataque, nem notei o problema. Apenas por curiosidade, tentei acessar hoje o HSBC e nada, está tudo fora do ar.

Aprendemos duas coisas:

- O HSBC tem um sistema de internet banking inferior ao Itaú, Bradesco e mesmo Banco do Brasil.
- a quantidade de computadores conectados a internet e infectados por virus ainda é muito grande, provavelmente o usuário nem sabe da infecção.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Problemas para trazer as compras dos supermercados

Sacolas oxi e biodegradáveis não são opção, pois sem tratamento estas sacolas não irão se degradar sozinhas no ambiente.

Uma solução seria usar as caixas de papelão do próprio supermercado. Mas note que é impossível aferir a limpeza destas caixas, vai que contaminem os alimentos que você carregar lá dentro? Do ponto de vista do lixo, estas caixas de papelão também irão entulhar as vias públicas e eventualmente entupir bueiros, a menos que os catadores recolham estas caixas do lixo doméstico (improvável, né, faz tempo que não vejo catadores nos bairros de São Paulo).

Se você optar pelas caixas de papelão, então te resta a alternativa de você separar o lixo e entregar para reciclagem.

Mas a única solução viável é realmente você levar a sacolinha da sua casa mesmo.

E cobre dos supermercados sobre as outras embalagens que ele vende, como PET, isopor, filme transparente e sei lá quantos outros materiais não orgânicos que você carrega para casa.

Para quê serve o horário de verão

Você gosta do horário de verão? Eu não, sempre acordei muito cedo entre 5 e 6 horas da manhã, então vivo no escuro neste período. E à noite, raramente volto para casa antes das 20 horas. Resultado, vivo no escuro de manhãzinha e à noite, e durante o dia fico sob luz artificial.

Quando eu era mais jovem, diziam que o horário de verão era melhor porque a gente aproveita mais a luz do sol, pois no verão os dias são mais longos que às noites. Acontece que isto só é verdade nas latitudes mais altas, bem abaixo da linha dos trópicos.

Então, qual a vantagem do horário de verão aqui no Brasil?

Quando a gente liga nossa tv ou o chuveiro, a gente só espera que funcione, para isto as usinas geradoras precisam oferecer disponibilidade de energia. Mas as geradoras não sabem o momento exato que você ligar os aparelhos, o que elas fazem então? Tentam prever o consumo, e produzem um pouco mais do que acham que vai ser consumido. Se todo mundo ligasse todos os aparelhos simultaneamente, o sistema certamente iria entrar em colapso, com quedas gerais de energia. Assim, no chamado horário de pico as usinas ligam as turbinas para atender a demanda, e ainda precisam gerar algum extra, uma folga, para garantir o abastecimento de energia.

Com o horário de verão no centro sul do Brasil, dilui-se o horário de pico, desta forma as usinas não precisam aumentar tanto a produção de energia de uma só vez.

O que a gente vê na mídia como economia é basicamente a diferença entre o horário de pico diluído pelo horário de verão em relação ao horário de pico se o país inteiro estivesse no mesmo horário de pico.

Quem já viu os países do primeiro mundo sabe que o consumo de energia aqui é irrisório. Mesmo assim, nosso país tem uma tarifa de energia cara, turbinada ainda por uma alíquota de ICMS absurdamente alta.

Utilizar energia é sinal de desenvolvimento. Ficar privado do uso da energia é sinal do nosso atraso tecnológico.