Você deve ter visto que a economia da Grécia encolheu absurdos 7% no último trimestre. Ao fazer isto, certamente começamos a arrastar o resto dos países para o buraco, a Itália me parece que apresenta já sinais de recessão econòmica.
O erro é que os governos pensam assim, o país está sem dinheiro, vamos emprestar, mas como eu quero o dinheiro de volta, eles precisam economizar, gerar superavit. O superavit é conseguido via corte de gastos tanto de despesa quanto investimento.
Mas a abordagem está errada. A melhor coisa a ser feita é estimular o consumo, e especialmente, a produção. Foi o que o Ocidente, em particular os USA, fizeram com o Japão no pós-guerra. Japão foi devastado pela guerra, para garantir a estabilidade do governo e impedir o avanço do comunismo no país, eles se comprometeram a comprar a produção japonesa. Até a década de 1960, produtos japoneses eram altamente depreciados, da mesma forma que nós brasileiros nos referimos hoje aos produtos contrabandeados do Paraguai. Deu nisto, o Japão hoje é uma das maiores economias do mundo, um centro de excelência de produtos para o mundo todo.
Então, a União Européia, em vez de discutir quem vai emprestar dinheiro para a Grécia, sem saber se vão receber o dinheiro de volta, poderiam se comprometer a comprar produtos da Grécia.
Este tem sido problema na Europa, países em dificuldades não têm outra opção senão empréstimos junto ao mercado financeiro. O Brasil, enquanto federação, sobrevive porque estados com economias fortes, como os países do Sul e Sudeste, de certa forma subvencionam estados com economias mais deficitarias. Já pensou no que aconteceria se um estado como São Paulo dissesse: olha todo o dinheiro daqui e dos impostos fica aqui, certamente muitos estados caminharia para a falência.
De qualquer forma, a solução para os problemas da economia mundial passa certamente para mais consumo, e menos acumulação de capital.
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