segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Hipermercados: quem ainda vai no Carrefour?

Eu confesso que não entro em lojas do Carrefour faz muito tempo. Eu era cliente deles, décadas atrás, quando o Brasil vivia um regime de alta inflação. Ia aos sábados, e como o local era extremamente cheio, acabava passando o dia lá, seja escolhendo os produtos, e depois nas imensas filas no caixas.

Lembro também de uma época de tabelamento e racionamento de preços, o caixa limitava a quantidade de itens que podíamos levar.

O tempo passou, e fui lentamente deixando de frequentar o Carrefour. Vendo a difícil crise pela qual eles estão passando, creio que estou junto da maioria, muita gente deixou de comprar lá. O modelo de operação do Carrefour, com lojas enormes, localizadas perto de vias expressas, era um modelo que fazia muito sentido na época de inflação lata, pois tínhamos de comprar e estocar bastante assim que recebíamos o salário. Nos dias de hoje, além do fato de que a classe média hoje se dá o direito de comer muitas fora de casa, também faz mais sentido comprar nos mercados perto de casa em pequenas quantidades, até pelo frescor dos alimentos.

Especialistas em varejo apontam que apenas a operação do Atacadão e Carrefour Bairro seriam rentáveis. E que na operação do hipermercado, a direção do Carrefour gostaria de diminuir a participação das vendas de alimentos. Em alguns jornais especializados em varejo, foi noticiado que a rede pensa em fechar cerca de 10 lojas do Carrefour.

A verdade a se considerar é que o varejo no Brasil chegou a seu limite. Este modelo de hipermercado também é estranho, note a fila dos caixas rápidos, sempre cheios, significa que as pessoas compram em pequenas quantidades, mas com maior frequência.

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