segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Perda de tempo: Programas de Desconto

A menos que você tenha um ritmo de consumo desenfreado, extremamente elevado, não vejo como estes programas de milhagem possam gerar benefícios.

Como exemplo, no Programa Mais do supermercado Pão de Açúcar, a cada R$3.000,00 em compras você obtém um vale compras de coisa de R$20,00. Quase irrelevante, porque ir ao mercado de carro acaba custando mais que esse valor, além de que é complicado gastar regularmente tal quantia em supermercado.

Óbvio, dependendo dos itens que você consome, é fácil gastar bastante dinheiro.
Mas considere que você provavelmente comprará gêneros alimentícios. Eu acho que se você tem condições de gastar altas quantias em alimentos nos supermercados, muito provavelmente você não o fará, pois seu nível de renda é alto, indicando que você gastará muito mais com alimentação fora de casa.

Algo parecido acontece com os cartões Hipercard, nas compras no Wal-Mart. O benefício acaba sendo pequeno para o esforço e o gasto que você realiza.

Às vezes ouço de clientes que conseguiram juntar milhagem em seus cartões de crédito, que resultou em passagens aéreas para viagens. Mas o gasto para tanto é alto, um tanto quanto fora da média da população brasileira. Claro, sei de pessoas que ganham R$20 mil, R$50 mil, R$100mil por mês, mas para este nível de consumo e renda, uma passagem aérea é talvez o que menos pese nas contas dessas famílias.

Considerando uma renda média mensal de R$1.000 dos paulistas, como imaginar que esses sistemas funcionem? Em verdade, as empresas construíram modelos para poucos clientes que gastam muito. Mas o custo destas promoções têm de ser diluídas entre todos. Numa loja de carros que venda Ferraris, por exemplo, tanto faz, porque somente os mais ricos compram lá. Mas num hipermercado, onde compram pessoas de todas as faixas de renda, estas promoções acabam sendo altamente injustas. Os mais pobres geram benefícios direcionados a uma minoria privilegiada.

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