A conclusão é que da forma que a economia está constituída, somos forçados a trabalhar eternamente. Caso contrário, ficamos com renda insuficiente para tudo que precisamos, sendo então excluídos da sociedade.
Claro, ainda é possível tentar juntar uma quantidade grande de dinheiro, talvez algo do porte de R$5 milhões, R$10 milhões, e dependendo do tempo que você vai viver ainda, manter um nível de vida simples e barato, que te permitiria ficar em casa, mas sem participar muito ativamente do mercado de consumo.
Com tal quantidade de dinheiro, no entanto, você ainda deveria preferir trabalhar. No limite, investir parte em negócio próprio, para tentar gerar alguma renda.
Como exercício puro de matemática, propus a mim mesmo tentar viver com R$40.000,00 anuais, suficientes talvez para alimentação adequada, algum lazer, carro e serviços essenciais, como plano de saúde, celular, internet. Para conseguir sobreviver com este capital, o horizonte de tempo de 30 anos, e supondo ser possível ganhar 1% ao ano livre de impostos e acima da inflação, precisaria de um capital de quase R$1,9 milhões. É bastante dinheiro. E note que neste exemplo, abri mão de coisas significativas, como viagens a lazer, troca de veículo e reduzi ao máximo toda e qualquer despesa possível.
É verdade que você pode dizer que hoje você estaria vivendo com menos do que isso atualmente, mas também significa que você estaria claramente excluído do modelo de consumo atual.
Não existe consumo grátis no mundo atual, e cada dia tudo custa mais caro. Sendo assim, talvez nenhum estoque de dinheiro pode ser suficiente, ainda que você abdique de tudo que a economia moderna te oferece, de coisas simples e baratas.
E não dá para abrir mão da aposentadoria pelo INSS, por menor que seja, é a única fonte de renda adequada independente da sua expectativa de vida. O benefício do INSS não pergunta sua idade, e te acompanha até o dia que você vier a falecer.
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