Lendo nos jornais hoje que o Palmeiras desistiu de comprar o passe do jogador Richarlysson, pensei logo na questão da homofobia. Ele jogou no Santo André e muito tempo no São Paulo, onde o comportamento dele logo fez surgir suspeitas de ser homossexual. É óbvio que isto nada tem a ver com a qualidade do futebol que ele joga.
Aliás, no futebol tem muita referência contra a homossexualidade. Por exemplo, os corintianos quando querem atacar os sãopaulinos logo fazem referência ao assunto, ao se referir aos torcedores como "bambi", ou lembrando que o estádio parece um panetone, cheio de frutinhas. Nada a ver com futebol, como se pode ver.
Isto aqui na loja tem reflexos também. Por convenção, menino não usa rosa nem lilás, o que diminui muito a variedade de cores para eles. Restam cores pouco atrativas, como amarelo e branco, além de haver uma certa rejeição ao verde em função de ser a cor característica do time do Palmeiras.
Temos problema até com a marca de alguns produtos. Temos uma linha de produto chamada "Bambi", que nem tem nada a ver com o personagem Disney, muito menos com o mamífero que foi fortemente associado aos gays. Uma das clientes chegou inclusive a devolver estes produtos desta linha, pois corintiana que era, não aceitaria um produto desta marca.
Mas é tudo exagero, talvez até falta de auto-confiança. A opção sexual de alguém não deve ter nada a ver com o time de futebol que se escolhe, nem com a cor da roupa que vestimos. Acredito que seja algo mais ligado a exceção à regra e talvez fatores fisiológicos e hormonais. Se não fosse assim, ser gay seria regra, e não exceção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário