Aqui em SPaulo, nas comunidades, quando ocorrem os problemas de enchentes e incêndios, é comum aparecer na televisão imagens das pessoas que vivem por lá. Pode ser só impressão, mas é comum ver que mesmo nas comunidades, que são muito carentes, encontram-se pessoas com problema de obesidade.
O que está acontecendo então? É simples, na minha visão. Estes alimentos industrializados que a gente pega no supermercado são muito baratos, e são exatamente esses alimentos que ficam à disposição da população: bolachas, biscoitos recheados, salgadinhos, embutidos, congelados. A própria batata congelada para fritar é muito barata, mas ao mesmo tempo um convite à obesidade. São alimentos, que para se conservar, usam e abusam de sal e de gordura.
Contribui também o preço muito barato dos refrigerantes não dietéticos. Como resistir a estas bebidas geladas, baratinhas e sempre à mão no mercadinho ali ao lado?
Alimentos mais saudáveis costumam ser mais caros e difíceis de encontrar. É verdade que tem alface em todo lugar, é pouco calórica e barata, mas quem vai achar atraente comer só esta salada todo dia? No bairro onde moro, de classe média-baixa, não encontro com facilidade itens como salsão, alho-poró, rúcula. Tem coisa que só se eu encomendar. Mas no barzinho da esquina tem costela bem gordurosa todo sábado e domingo, além da fatal salada de maionese. E pizzaria e pastelaria, tem de monte, tanto para encomendar pelo telefone, quanto para comer no local.
Por isto gosto tanto do meu hobby de cozinhar, posso trabalhar com ingredientes muito mais saborosos, frescos e saudáveis. Mas custa caro, tenho de procurar e geralmente pago muito mais por isso.
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