A gente vê esse monte de dinheiro de patrocínio no futebol, só o São Paulo, meu clube de coração, vai levar coisa de R$85 milhões da Rede Globo. Dinheiro que de um jeito ou de outro vai sair do bolso de todo mundo, quando você tomar uma cerveja, usar um banco ou falar ao celular, todos grandes patrocinadores de televisão.
E a gente paga, mas nem por isto tem futebol de qualidade. Mesmo o Santos, turbinado por imensos patrocìnios, fez um papelão lá em Toquio (vê, o Al Sadr conseguiu pelo menos marcar um gol no Barcelona, :-) ).
Na hora de reformar o estádio, o Sampa lança um projeto em que o próprio prefeito diz ser ilegal. E o dinheiro para o projeto consiste em ceder o estádio para terceiros explorarem, provavelmente sem quase nenhum retorno para o clube nos próximos 10 anos. O Estádio do Morumbi já tem seus 50 anos, e durante este tempo o clube não teve como acumular recursos para fazer a reforma. E não é excluvidade do Sampa, o Palmeiras também vai ceder seu estádio para terceiros, por prazos ainda maiores. No caso do Itaquerão, a rendo do estádio vai ficar para pagar primeiro o fundo imobiliário da construção, só no fim o clube.
Este sistema de patrocínio possibilita estas inconsistências. Porque diferentes entidades, com objetivos diferentres se reúnem, cada um com seu interesse.
Clubes e dirigentes de futebol ganham muito mais dinheiro na transferências de atletas, do que a manutenção deles nos clubes. Às vezes, eu vejo notícias de jogadores que vão direto das categorias de base para o exterior. Ou seja, virou uma máquina de produzir jogadores.
Anunciantes querem vender seus produtos.
Jogadores querem basicamente receber dinheiro.
CBF tem interesse em direitos de imagem da seleção brasileira.
O futebol em si, passa a ser apenas um meio, não um fim. Nenhum destes entes, necessariamente, objetivam futebol de primeira qualidade.
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