Notificação da prefeitura

Outro dia um fiscal da prefeitura esteve aqui na loja, me entregou uma notificação.

Pela notificação, eu não poderia causar poluição sonora. Mas como assim, é uma loja de roupas para bebês, que tipo de poluição sonora eu causaria?

Fui notificado também que não deveria obstruir o passeio público, sujeito a multa de sei lá que valor. Achei engraçado, pois eu jamais deixaria mercadoria na calçada, pois tenho a loja, além do que expor produtos na calçada me sujeitaria a furto o tempo todo.

O fiscal foi atencioso, mas digamos a verdade: quem estava com os produtos na calçada em frente à loja era um camelô, nada tinha a ver com a loja. Porque ele veio à loja então? É óbvio, eu posso ser multado, fechado, processado. Um camelô, pouco pode sofrer além da apreensão da mercadoria.

Apesar de ser atividade não regulamentada pela prefeitura, ou seja, não existe autorização para eles trabalharem na rua, todo dia descem uns 3 homens com colete escrito "fiscalização" inspecionando os camelôs que estão na calçada. Seriam funcionários da prefeitura? Provavelmente, pois eles não coletam os valores dos ambulantes, apenas passam olhando. Eles têm até uma planilha com nomes dos camelôs e produtos vendidos.

Já os carrinhos de cachorro-quente parecem ser mais fiscalizados. A concorrência é tamanha, que existe um esquema de rodízio entre os cachorreiros. Mas a fiscalização sobre as condições de higiene destes trabalhadores é precária ou não existe. Existe um ou dois carrinhos de milho verde, creio que estes são proibidos pois o vendedor está sempre se movendo, com pressa, não fica parado para não ser pego pela fiscalização.

Vários pesos e várias medidas como se pode ver, falta transparência a administração municipal. Será que é assim em todas as cidades?

Update 1: sobre a poluição sonora, o Magazine Luisa passa várias vezes com um carro de som na rua. Como é apenas um carro de som, dificilmente a prefeitura vai para o veículo, já imaginou se um fiscal vai correr atrás de uma caminhonete, e nem vai ficar na frente de um caminhão para bloquear o veículo e fazê-lo parar.