Eu tentei entender de tudo quanto o jeito como se viabilizou a construção do Estádio, mas ainda não entendi.
Foi declarado que o valor do contrato é de R$850 milhões para a construção do estádio. Como o prazo de entrega é de quase 3 anos, este contrato certamente será corrigido monetariamente, então o valor real deve chegar a R$ 1 bilhão, quando da entrega da obra.
O BNDES entra com coisa de R$400 milhões, esta é a parte fácil.
A prefeitura declarou que irá lançar títulos de R$ 400 milhões, este deve ser o valor de face do valor de impostos ao qual a prefeitura vai abrir mão nos próximos anos. Estes títulos negociados no mercado, devem gerar caixa da ordem de R$200 milhões.
Ficam faltando ainda uns R$ 400 milhões, imagino que o fundo imobiliário responsável pelo estádio irá buscar financiamento deste valor junto aos bancos, a taxas de mercado.
Se o valor total do estádio chegar a R$1 bi, vai ter juros anuais de uns R$ 100 milhões.
Se o prazo de pagamento dos empréstimos for de 15 anos, a amortização anual do principal deve ser de mais uns R$ 60 milhões.
E tem despesa de depreciação, digamos que o ativo seja depreciado em 30 anos, despesa seria de mais uns R$30 milhões por ano.
Então o estádio teria de gerar, por ano, coisa de R$200 milhões livres.
Se o time do Corinthians jogar uma vez por semana no estádio, digamos umas 50 vezes por ano, cada jogo precisa gerar R$ 4 milhões, fora despesas operacionais como luz, água, federação, impostos, etc.
Se o valor médio do ingresso for de R$40,00, cada jogo teria de ter um público médio de 100.000 pessoas, isto se a renda inteira for revertida ao time mandante.
É verdade que tem a questão dos naming rights, inclusive quando ainda havia o Clube dos 13, era parte da licitação a aceitação da utilização do naming right pela mídia, como a Globo fechou individualmente com cada clube, não sei como a questão ficou.
A publicidade estática do estádio, posso estar errado, mas creio que será explorada diretamente pela Rede Globo, não é renda para os clubes.
Como a conta fecha?
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