Indo no site da Folha de São Paulo, você vê lá que as montadoras remeteram US$ 5,8 bi para suas matrizes no ano passado. Imagina quanta coisa daria para fazer com todo este dinheiro. Soma-se a estas remessas outros US$ 3,5 bi dos bancos e US$2,44 do setor de telecom.
Menos mal que bancos e telecomunicações têm ações em bolsa, de forma limitada, você até poderia participar dos lucros destas empresas, bastando adquirir algumas ações na bolsa de valores. Mas cuidado se for fazê-lo, você seria um mero minoritário, talvez a empresa nem pague dividendos para você, e talvez você tenha dificuldade de vender o papel no mercado.
No caso das montadoras, fica estranho porque como elas não se obrigam a divulgar os balanços, ninguém sabe exatamente quanto elas ganharam ou deixam de ganhar. E no nosso país tem incontáveis empresas estrangeiras na mesma situação. Somente tendo capital em bolsa e com papéis pulverizados no mercado a gente garantiria acesso à informação. Vai puxando pela memória, e veja quantas empresas estão nesta situação: Nestlé, Bayer, Givaudan, C&A, Rhodia, Whirpoll... A lista seria interminável. E nem estamos falando que se trate de empresas boas ou ruins, são apenas empresas que faltam com a transparência.
Ainda no caso das montadoras aqui do Brasil, salta aos olhos que o governo cria incentivos como redução de IPI, em geral em detrimento de importados melhores e mais baratos.
Se o incentivo existisse para a formação de uma empresa totalmente nacional, eu até aplaudiria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário