Você já ouviu falar em jogos de soma zero? Simplificando, é como aquilo que eu ganho é exatamente o mesmo valor que você perde.
Quando a gente consome, se a gente ultrapassar nossa renda, tomamos emprestado, a juros, dentro dos limites possíveis que o banco acreditar que pode te dar de crédito.
No outro extremo, quando você aplica o dinheiro no banco, o banco irá te remunerar com algum juro. Considere que o governo irá ficar com parte do seu dinheiro, na forma de imposto, eventualmente.
Eis uma soma não-zero absoluta, o juro do poupador é extremamente desvantajoso em relação ao juro que se paga ao tomar emprestado.
Então porque tomamos emprestado? Porque precisamos, quando nossa renda é muito pequena, ou porque o prazer proporcionado pelo consumo é muito alto.
Outro exemplo de soma não zero refere-se ao conselho das pessoas não gastar excessivamente, pregado exaustivamente na mídia em geral. Funciona sim, mas requer bastante sacrifício. Como ficar sem consumir?
No extremo, a situação seria muito mais razoável se todo consumisse exatamente o que ganhasse. O problema é que não tem como combinar com todo mundo. Se você gastar toda sua renda, e seu vizinho decidir não gastar nada, pronto, o estrago estaria feito.
E lembrar que cada um de nós tem trabalhar também pelos muito jovens sem trabalho e pelos aposentados.
Mas o consumo realmente está no centro da crise mundial. A crise se instala claramente porque as pessoas perdem seus empregos, e deixam de consumir, mais pessoas perdem empregos, e assim por diante, numa espécie de círculo vicioso.
Quem deveria poupar seriam os governos de cada país, pois tendo dinheiro para injetar na economia poderiam criar um colchão para suavizar as oscilações no nível de consumo. Já que o sistema financeiro não é capaz de suprir de recursos as economias das empresas.
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