sábado, 21 de janeiro de 2012

Quantificar as coisas, padrões e precisão

Existe uma tendência das pessoas racionalizarem que tudo pode ser medido com precisão. Acho que esta idéia nasce no banco das faculdades, e também porque precisamos ser rápidos e práticos na vida real.

Quanto a gente estuda a teoria nos livros, tudo está lá de forma determinística.

Na vida real, nem tudo são flores.

A gente compra um pacote de biscoito no mercado, o peso do produto certamente apresenta variação.
Paro no posto de gasolina, encho o tanque, a bomba pode ter variação na medição, parte do que vai para o tanque se evapora.
Compro um serviço de internet de 5 Mb, quanto recebo efetivamente?

Ainda assim, o ser humano tem desejo de medir tudo, e feita a medição a gente gosta de tomar a informação como absoluta.

Um dos fatos mais marcantes que ficou na minha memória foi quando a empresa onde eu trabalhava pediu para quantificar um benefício de stock option. Opções de compra sobre ação é um evento totalmente probabilístico. Fui lá, apliquei o método de Black-Scholes, mas como ninguém conhecia o assunto, o estudo foi engavetado, e a diretoria optou por tentar quantificar a opção usando simples métodos envolvendo as 4 operações básicas da matemática (soma, subtração, multiplicação, divisão).

Porque a incerteza não é bem aceita pelas pessoas, especialmente as que têm de tomar decisões.

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