quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Quanto seria justo pagarmos de impostos?

Suponha que você tenha uma renda minimamente decente para viver, logo você talvez já tenha de recolher alguma coisa como 20% do seu salário como imposto de renda retido na fonte.

Ao comprar qualquer coisa nas lojas você está pagando mais uns 35%. Só até este ponto, descobrimos que mais da metade do que você ganha vai parar nas mãos do Governo. Ou não, porque com alíquotas tão elevadas, é normal haver algum tipo de negócio informal, com a consequente sonegação de impostos. Sem imposto nenhum, os produtos poderiam cair a metade do que são hoje, por esta conta simples, o que é tentador para qualquer um que queira sonegar.

Outro problema no nosso país é que existe um excesso de impostos de âmbito federal, que fragiliza muito as prefeituras, além de forçar a aplicação de impostos subsidiada, ou seja, impostos coletados pelo governo nas áreas mais desenvolvidas são realocadas para locais mais carentes. Em que pese programas assistenciais e sociais do governo serem extremamente relevantes, há que se reconhecer que o peso sobre a sociedade como um todo é muito alto, sendo visto agora no imenso déficit de investimentos que governo federal, estadual e municipal deixam de fazer, resultando em falta de estradas, portos, aeroportos, transporte de massa, comunicação, energia, hospitais e tudo mais que o governo deveria fazer.

De outro lado, para qualquer ser humano normal, prefeririamos não pagar impostos de nenhuma espécie, o que certamente é muito pior do que ter impostos altos, pelos imensos problemas que criariamos.

Mas da forma como está hoje, com altos impostos sobre o consumo, ocorre uma carga tributária exagerada que penaliza muito mais quem tem menor renda.

Uma forma decente de decidir pelos impostos seria fazer algo parecido com o que fazem os condomínios residencias, verifica-se quanto se gastou, e divide-se entre os condôminos. Eu acho bem relevante que tenhamos de ser forçados a realizar um esforço de irmos ao banco pagarmos os impostos. Impostos retidos na fonte ou embutidos no preço dos produtos são a pior forma de taxação, pois acabamos nos comportando como se nem existissem estes impostos.

Mas a questão é: quem literalmente colocaria a mão no bolso uma vez por mês para recolher os impostos para o governo? Se nem o dízimo das igrejas costuma funcionar a contento.

Fato é que quanto mais altos forem os impostos, tanto maiores serão os incentivos para sonegar.
Mas duvido que alguém reclamaria de impostos totais na casa dos 10% da nossa renda líquida. Impostos neste nível seria um golpe mortal em toda a atividade informal que existe, no comércio ilegal, no descaminho e contrabando.

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